Com o desenvolvimento da informática e sobretudo com o aparecimento da Internet, a comunicação pedagógica enfrenta os grandes desafios. A comunicação pedagógica deixou de estar centrada apenas na sala de aula, cada vez mais surgem contextos de educação não formal e informal que passam a ser espaços de formação ao longo da vida.
“As tecnologias da informação criaram novos espaços de comunicação e de construção do conhecimento” ( Coutinho & Bottentuit Júnior, 2007, p.4).
A Web 2.0 pelas suas características (facilidade de utilização; gratuidade de grande parte dos sistemas, facilidade de armazenamento de dados, softwares produtivos, informação actualizada, criação de comunidades de pessoas interessadas num determinados assunto, etc…) tornou-se um meio de divulgação e interacção. Esta tecnologia tem grande sucesso junto da comunidade escolar pelo facto dos jovens terem necessidade de mostrar aos outros aquilo que sabem e pensam sobre determinados assuntos. O blog surge como a ferramenta ideal porque permite a discussão e troca ideias na rede, e a criação de verdadeiras comunidades de interesses em torno dos mais diversos temas.
Com a utilização da Web 2.0, o professor passa a ter novas funções: ensinar os alunos a pesquisar e desenvolver competências que lhes permitam saber avaliar a qualidade da informação encontrada.
“Fomentar uma pesquisa livre, sem qualquer orientação, numa aula, com alunos inexperientes, trará mais inconvenientes do que vantagens” (Carvalho, 2007, p.30) . Os alunos, se não forem devidamente orientados, associam a pesquisa na Internet a uma aula para brincadeira na rede; uma oportunidade para fazerem o que lhes apetece.
Segundo Carvalho (2007) o facto dos alunos saberem que os seus trabalhos vão ser disponibilizados os seus trabalhos na rede é motivo de satisfação e empenho, porque outros cibernautas podem ver o que eles realizaram. Esse aspecto é particularmente sentido quando recebem um comentário ao trabalho realizado, por exemplo, através de um blog.
A Web 2.0 pela sua facilidade de publicação permite ainda que o professor, os colegas e os próprios encarregados de educação acompanhem os trabalhos realizados pelos alunos. Existe uma série de ferramentas gratuitas e disponíveis na Web que permitem a construção deblogs, wikis, podcasts, mapas de conceitos, etc., que despertam o interesse dos alunos e que os motivam para aprender porque também vão publicar online e vão receber os comentários dos colegas, do professor e, possivelmente, de outros cibernautas. Aprendem a criticar os trabalhos uns dos outros, a desenvolverem trabalhos colaborativos.
Todas essas funcionalidades podem ser implementadas numa plataforma de apoio à aprendizagem, como por exemplo a plataforma Moodle, que é utilizada em grande parte das escolas, com a vantagem de professor e alunos terem a privacidade e poderem sentir-se seguros por não estarem expostos a outros cibernautas.
A plataforma exige do professor conhecimento da tecnologia, criatividade e muita dedicação para conceber e dinamizar actividades.
Coutonho, C & Bottentuit Júnior, J. (2007). Comunicação Educacional: do modelo unidireccional para a comunicação multidireccional na sociedade do conhecimento.In Actas do 5º Congresso da Sociedade Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM). Braga. Universidade do Minho. Disponível em (acedido em 29 / 06/2009).
Carvalho, A (2007). Rentabilizar a Internet no Ensino Básico e Secundário: dos Recursos e Ferramentas Online aos LMS. Revista de Ciências da Educação, 3, pp. 25- 40.
Disponível em http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/7142/1/sisifo03PT02.pdf
( acedido em 30/06/09).
( acedido em 30/06/09).
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